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Porto Velho,22/01/2025

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Ezequiel Viana

A família brasileira está mudando: quer menos filhos, casa pequena e pouca gente. Quais os impactos no mercado imobiliário?

Arquivo Pessoal
A família brasileira está mudando: quer menos filhos, casa pequena e pouca gente. Quais os impactos no mercado imobiliário? Minha família: eu, minha esposa e meu filho

Nos últimos anos, a configuração das famílias brasileiras passou por profundas transformações. Enquanto antigamente o modelo tradicional era composto por famílias numerosas, com várias gerações convivendo sob o mesmo teto, hoje em dia as famílias tendem a ser menores, e o estilo de vida se adapta a novos desafios e prioridades. Essa mudança de perfil familiar reflete diretamente nas demandas do mercado imobiliário, com as construtoras precisando repensar seus projetos para atender a essa nova realidade.

A redução no número de filhos e o impacto na composição familiar

A transição para famílias menores é um reflexo de uma série de fatores sociais, culturais e econômicos. Em décadas passadas, ter vários filhos era comum, com muitas famílias tendo quatro ou mais filhos. Essa realidade mudou, e hoje o número médio de filhos por mulher no Brasil está abaixo de 2,5, com muitos casais preferindo ter no máximo 1 ou 2 filhos. Além disso, a valorização da carreira, o aumento dos custos de vida, a busca por qualidade de vida e as mudanças no comportamento social contribuem para a decisão de reduzir o tamanho da família.

O reflexo no mercado imobiliário

Com esse novo padrão familiar, as preferências para moradia também mudaram. O desejo por casas grandes com quintal, símbolo de status e de espaço para os filhos brincarem, tem dado lugar a um cenário onde os apartamentos menores e mais funcionais têm ganhado cada vez mais espaço. As pessoas buscam praticidade, localização e áreas comuns que atendam às necessidades de convivência, sem a necessidade de um grande espaço privado.

As construtoras, atentas a essas mudanças, começaram a adaptar seus projetos para oferecer unidades menores, mas que ainda atendem à necessidade de conforto e bem-estar. Apartamentos de 2 ou 3 dormitórios, com plantas mais inteligentes, que maximizam o uso do espaço e permitem maior integração entre os ambientes, se tornaram os mais procurados. Além disso, a demanda por apartamentos próximos ao trabalho, transporte público, escolas e centros comerciais cresceu consideravelmente, uma vez que o tempo de deslocamento é um fator importante para as novas famílias.

A busca por conveniência e bem-estar

A tendência de morar em espaços menores também é influenciada pelo estilo de vida urbano, onde o foco está na conveniência e no bem-estar. O morador moderno prefere um lar que, além de compacto, seja bem localizado e ofereça facilidades como áreas de lazer no próprio prédio, espaços de coworking e academias. Dessa forma, as construtoras vêm se adaptando, incorporando novas tecnologias e soluções sustentáveis nos projetos, além de oferecerem mais comodidade dentro dos próprios empreendimentos.

Além disso, a valorização da sustentabilidade e da economia de recursos também reflete uma mudança nas preferências das famílias. Com isso, muitos empreendimentos têm adotado práticas sustentáveis, como o uso de materiais ecológicos, aproveitamento de energia solar e sistemas de reuso de água, o que agrada aos consumidores preocupados com o impacto ambiental de suas escolhas.

O futuro do mercado imobiliário

As projeções indicam que as mudanças no perfil das famílias brasileiras continuarão a influenciar o mercado imobiliário por muitos anos. As construtoras terão de continuar inovando, criando opções que atendam às necessidades de uma sociedade cada vez mais dinâmica, com maior demanda por flexibilidade, praticidade e funcionalidade.

Em resposta a essas novas demandas, as cidades também precisarão se adaptar, investindo em infraestrutura, transporte e áreas de lazer públicas que complementem as ofertas privadas. O mercado imobiliário já está se transformando, e a chave para o sucesso estará em entender e antecipar os desejos dessa nova geração de moradores.

 

As famílias brasileiras mudaram, e o mercado imobiliário tem acompanhado essa transformação. Se antigamente a casa grande com quintal era o sonho de consumo de muitos, hoje o foco está em um lar mais compacto, funcional e bem localizado. As construtoras precisam estar atentas a essas mudanças para não só atender às novas demandas, mas também para antecipar as necessidades que surgirão nas próximas décadas. O mercado imobiliário brasileiro está em plena evolução, e as famílias, com suas novas formas e necessidades, são o principal motor dessa mudança.



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