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Fernando Campos tem várias faces: jornalista, escritor, palestrante e produtor de conteúdo. Ele enfrentou um retinoblastoma bilateral, um tumor maligno ocular, aos dois anos de idade, tendo que tirar seus globos oculares. A partir disso Fernando tornou-se uma voz relevante no cenário social e ativista da causa das Pessoas com Deficiência (PCD). Sua história inspiradora serviu para se tornar uma pessoa da publicidade, acabou até sendo base para o personagem "Filipe" na novela Malhação, retratando um jovem com deficiência visual, teimoso, curioso e determinado (assim como Fernando). Formado em jornalismo em 2015, desde então dedica-se a dar palestras sobre sua jornada contra o câncer, os desafios enfrentados na escola brasileira e as alegrias da vida. Além de suas atividades como escritor e palestrante, Fernando promove a inclusão e o pertencimento em suas redes sociais, utilizando conteúdo representativo para combater preconceitos e ampliar a conscientização sobre questões LGBTQIAPN+. Em 2023, liderou um projeto de autodescrição em seu perfil, envolvendo celebridades para conscientizar seus seguidores sobre a importância de práticas que promovem a inclusão.

Em 2021, lançou seu primeiro livro, "Enxergando além do Atlântico: uma jornada ao Reino Unido", relatando suas aventuras durante um intercâmbio na Inglaterra. Agora está em um novo momento, ele vai lançar seu segundo livro que aborda diversas deficiências de forma lúdica e divertida, querendo trazer autoaceitação para crianças e adolescentes desde cedo. Durante os quatro contos, ele busca combater estereótipos e celebra a diversidade dentro das diferentes deficiências dos personagens: a fadinha com Síndrome de Down foi inspirada na modelo Maju de Araújo. E para ficar ainda mais especial, a Ivete Sangalo prestigiou o livro escrevendo o prefácio para mostrar sua admiração pelo tema.

Na conversa podemos explorar mais sobre inspiração para seu livro, desde as histórias contadas para seu sobrinho até sua motivação para escrever, como ele entende cada personagem e sua individualidade, se quando era criança ele sentiu falta de literatura que trouxesse representatividade e a importância do tema PCD na infância… Podemos entender também os desafios dos bastidores da produção do livro e até da própria escrita, se ele escreveu ou teve ajuda. E ainda seria legal explorar a relação dele com a Ivete Sangalo, que faz parte do projeto com suas palavras abrindo o livro.