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Na noite desta segunda-feira, 11 de novembro, a cidade de Itamaraju, localizada no extremo sul da Bahia, viveu momentos de profunda apreensão após um crime bárbaro ocorrido no bairro Bela Vista. A vítima, Aurelice Pereira dos Santos, de 57 anos, foi emboscada e morta de forma brutal, num ato de violência que abalou a comunidade local.

O que deixou o caso ainda mais chocante foi a audácia dos criminosos, que não apenas cometeram o homicídio, mas também filmaram toda a ação. A gravação, mostrando Aurelice com uma mochila e aguardando em um ponto do bairro, capta o momento em que é surpreendida e baleada fatalmente. Logo após a execução, os assassinos deixaram um cartaz ao lado do corpo com a mensagem: “X9 na favela não fica vivo”. Essa expressão, utilizada no contexto criminoso, geralmente se refere a informantes ou “dedos-duros”, sugerindo que o crime pode ter sido motivado por uma retaliação contra supostos colaboradores da polícia ou desafetos.

O vídeo, compartilhado rapidamente nas redes sociais, espalhou um clima de medo e indignação entre os moradores. Relatos da comunidade indicam que o nível de ousadia e frieza dos envolvidos tem gerado pânico e um sentimento de insegurança. “A gente não se sente mais seguro, nem mesmo em nossa própria casa”, comenta um residente do bairro, que preferiu não se identificar.

A Polícia Civil já deu início às investigações e está trabalhando com as imagens para identificar os responsáveis pelo homicídio. Segundo as autoridades, o uso do cartaz é um indicativo claro de intimidação, com o objetivo de silenciar possíveis testemunhas ou desafetos na região. Essa prática, embora não inédita, reforça o sentimento de impunidade e a capacidade dos criminosos de espalhar terror de forma calculada.

Este caso se soma a um crescente número de ocorrências violentas na região do extremo sul da Bahia, que tem enfrentado uma onda de criminalidade. O uso de vídeos como ferramenta de intimidação e disseminação de medo pelas redes sociais é uma estratégia que se tornou cada vez mais comum entre grupos criminosos, complicando ainda mais o trabalho das forças de segurança e intensificando a sensação de insegurança entre os cidadãos.