Senador Marcos Rogério questiona CEO da empresa que hospedou o jogo do Tigrinho, e executivo diz não saber quem representa o jogo no Brasil
EUIDEAL - Durante depoimento à CPI das Apostas no Senado nesta terça-feira (26), o CEO da One Internet Group (OIG), empresa que hospeda o popular jogo do Tigrinho, afirmou desconhecer quem representa legalmente o jogo no Brasil. O depoimento trouxe à tona questões sobre a transparência e legalidade das operações do jogo no país.
Quando questionado pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), Fernandim disse: "Eu não sei quem assina o contrato, a gente pega o serviço de uma empresa internacional que eu não sei quem é. Eu contrato um agregador e hospedo no meu site".
A declaração gerou estranheza entre os parlamentares. Apesar de afirmar que o contrato foi firmado com a empresa Armênia Bet Construct, o CEO disse que o contato foi intermediado por uma pessoa identificada apenas como “Micael”, sem fornecer mais detalhes sobre a negociação.
Assista ao vídeo.
Envolvimento em polêmicas
Fernandim OIG já esteve envolvido em outro caso controverso. Ele é o dono do avião que levou o ministro do STF, Kassio Nunes Marques, para a festa de aniversário do cantor Gusttavo Lima, realizada em um iate na Grécia em setembro deste ano. Esse link despertou mais questionamentos sobre sua atuação e possíveis conexões com figuras públicas.
Impactos na CPI
As respostas evasivas de Fernando Oliveira Lima levantaram preocupações entre os membros da CPI das Apostas, que investigam irregularidades envolvendo apostas online no Brasil. Para o senador Marcos Rogério, o depoimento reforça a necessidade de maior fiscalização e regulamentação do setor de jogos e apostas.
“A falta de clareza sobre quem é o representante legal do jogo no Brasil demonstra a complexidade e os riscos dessas operações. Precisamos garantir que o mercado de apostas seja transparente e dentro da legalidade”, afirmou o senador.
Próximos passos
A CPI continuará investigando o caso, buscando identificar os responsáveis pela operação do jogo do Tigrinho no Brasil e apurando possíveis irregularidades em sua gestão. A falta de informações claras e a ausência de uma representação legal definida devem ser temas centrais nas próximas audiências.
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