EUIDEAL - O deputado federal Thiago Flores teve uma ascensão política moldada por diferentes alianças, transitando entre grupos de influência e adaptando seu discurso conforme o cenário político. De origem ligada ao MDB, foi impulsionado para a vida pública pelo ex-governador Confúcio Moura, mas posteriormente alinhou-se ao grupo político de Marcos Rocha e Júnior Gonçalves, demonstrando que sua principal diretriz não foi ideológica, mas sim o poder.

A trajetória de Thiago Flores na política começou no governo de Confúcio Moura, onde atuou como Superintendente da Sepaz/RO e recebeu apoio do então governador para disputar a prefeitura de Ariquemes em 2016, elegendo-se pelo MDB. Sua entrada na política foi pavimentada pelo respaldo do partido e pela estrutura governamental, consolidando sua posição como gestor público.

Após sua gestão em Ariquemes, Flores passou a ocupar um cargo de confiança no governo de Marcos Rocha, articulado pelo chefe da Casa Civil Júnior Gonçalves. Nomeado para o comando do Departamento de Polícia do Interior, o delegado de polícia teve um papel estratégico na segurança pública do estado. No entanto, em 2022, renunciou ao cargo para disputar uma vaga na Câmara Federal.

Mudança de Discurso e Estratégia Eleitoral

Se no início da carreira política Thiago Flores estava vinculado ao MDB, em 2022 ele apostou em um discurso bolsonarista para tentar garantir apoio eleitoral. Essa adaptação reforça que sua atuação não foi pautada por uma ideologia fixa, mas pela conveniência política e pela proximidade com os grupos no poder.

Poder Acima de Ideologias

A movimentação de Thiago Flores no tabuleiro político de Rondônia evidencia a flexibilidade de sua atuação e levanta questionamentos sobre sua real identidade política. Com alianças diversas e um histórico de mudanças estratégicas, ele continua a ser uma figura de destaque no cenário estadual, sempre próximo dos mandatários da vez.