Sílvia Cristina diz que duplicação da BR-364 é urgente, mas a concessão tem que ser justa com Rondônia
Deputada aponta a duplicação de pouco mais de 100 quilômetros como insuficiente para a cobrança de 7 pedágios
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A deputada federal Sílvia Cristina se posicionou acerca do leilão para a concessão da BR-364, no trecho de Vilhena a Porto Velho, que será realizado nesta quinta-feira (27). Ela defendeu a duplicação de toda a extensão da rodovia, que somam mais de 700 quilômetros, mas manifestou preocupação com a forma como o edital de concessão está sendo conduzido, podendo gerar mais prejuízos do que benefícios à população.
“É claro que precisamos de uma rodovia melhor, duplicada, mais segura e com boa pavimentação. O trecho de pouco mais de 700 quilômetros, chamado de Agro Norte, terá apenas 114 km duplicados e 200 km com a terceira faixa. É pouco pelo fluxo que passa na rodovia e pela necessidade que temos. Por isso, estamos atentos para que a privatização não seja prejudicial à população”, afirmou.
Segundo a deputada, “temos alguns pontos que nos preocupam. Entre eles, o valor que será cobrado nas sete praças de pedágio, que poderá chegar a até R$ 100 num carro de passeio. Para o carreteiro, com um veículo longo, o trecho ida e volta de Vilhena a Porto Velho, deverá custar R$ 1.500. É um absurdo e esse custo vai ser repassado aos produtos e o consumidor final irá pagar mais essa conta”.
A BR-364 é a única rodovia que interliga o Acre, o Sul do Amazonas e até partes do Mato Grosso ao resto do país. Sílvia Cristina reforçou ainda que “não fica claro no edital os locais onde serão instaladas as sete praças de pedágio. Por exemplo, se uma dessas praças ficar no trecho entre Porto Velho e Candeias do Jamari, quem precisa ir de uma cidade a outra a trabalho, todos os dias, vai ter um prejuízo enorme”.
Para finalizar, ela observou também que “todos querem uma rodovia melhor, mas não podemos apenas pagar a conta do pedágio e não sermos contemplados com a duplicação integral e outros benefícios. Nos moldes do que diz o edital, não atende aos rondonienses. Estamos buscando soluções para que, de fato, o benefício chegue e não pese tanto no bolso do usuário da rodovia”.
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