A Páscoa, tradicionalmente marcada por ovos de chocolate, cestas temáticas e presentes doces, pode ser mais tímida este ano. O motivo? A alta nos preços do chocolate, que já está sendo sentida nos mercados de Rondônia e em todo o Brasil. A combinação de fatores como a valorização do cacau no mercado internacional, a inflação nos custos de produção e o aumento nos insumos tem impactado diretamente o bolso dos consumidores. 

Em Rondônia, os reflexos já são perceptíveis. Ovos de chocolate que, em 2023, custavam entre R$ 25 e R$ 40, agora ultrapassam facilmente os R$ 60 ou mais, dependendo da marca e do tamanho. Pequenos comerciantes e empreendedores locais também estão sentindo a pressão, tendo que reajustar seus preços para acompanhar o aumento do custo da matéria-prima.

A confeiteira Amanda Ribeiro, que trabalha com produção artesanal em Porto Velho, relata a dificuldade:

"A barra de chocolate que eu comprava por R$ 20 agora está quase R$ 30. Tento não repassar todo o aumento para os clientes, mas fica difícil manter a margem de lucro."

Com menos pessoas dispostas a gastar em produtos caros, a previsão é que o volume de vendas nesta Páscoa diminua, principalmente nas categorias de chocolates premium e ovos personalizados. Isso afeta toda a cadeia: comerciantes, fornecedores e pequenos produtores de doces.

O cenário também reacende o debate sobre alternativas mais acessíveis. Muitas famílias estão optando por presentes simbólicos, chocolates em barra, ou até mesmo pela produção caseira dos ovos, buscando economia sem abrir mão da tradição.

Enquanto isso, especialistas apontam que o mercado deverá se adaptar com ações promocionais e kits mais econômicos. A expectativa é de que, apesar da alta nos preços, a criatividade e o espírito de união mantenham viva a celebração da Páscoa — mesmo que com um pouco menos de chocolate.

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