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Porto Velho,25/04/2025

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R$ 215 mil por mês: Presidente da Federação Rondoniense de Futebol vai receber R$ 2 milhões por ano após aumento da CBF

Salário de Heitor Costa salta de R$ 50 mil para R$ 215 mil mensais em meio a escândalos e estagnação do futebol em Rondônia e no país

EUIDEAL
R$ 215 mil por mês: Presidente da Federação Rondoniense de Futebol vai receber R$ 2 milhões por ano após aumento da CBF O presidente da FFER, Heitor Costa ao lado do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues
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EUIDEAL - O presidente da Federação de Futebol do Estado de Rondônia (FFER), Heitor Costa, vai passar a receber um salário anual de R$ 2,58 milhões, o equivalente a R$ 215 mil por mês, após um reajuste autorizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O aumento representa um salto de mais de 330% em relação ao salário anterior, que era de R$ 50 mil mensais.

A decisão da CBF beneficia os presidentes das federações estaduais de todo o país, que vêm recebendo aumentos expressivos desde 2021, quando Ednaldo Rodrigues assumiu a presidência da entidade. A informação foi revelada em uma reportagem da revista Piauí, que também detalha uma série de gastos milionários, favorecimentos e cortes em áreas essenciais, como a arbitragem.


Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF

R$ 215 mil em um futebol sem progresso

O reajuste de salários contrasta com a realidade do futebol rondoniense, que há anos não apresenta evolução significativa em termos de estrutura, formação de atletas ou presença em competições nacionais. Estádios em condições precárias, campeonatos de baixo investimento e clubes sem calendário efetivo seguem sendo a tônica em Rondônia, enquanto o chefe da federação local recebe um salário maior que muitos CEOs do setor privado.

Além disso, a gestão da CBF vem sendo marcada por polêmicas envolvendo uso de recursos para fins particulares, como o pagamento de viagens em hotéis de luxo para familiares de dirigentes e gastos milionários com convidados não vinculados à entidade durante a Copa do Mundo no Catar. Segundo a reportagem, o custo com passagens em primeira classe, hotéis cinco estrelas e ingressos chegou a R$ 3 milhões.

Rondônia fica para trás

A disparidade entre os salários milionários e a realidade do futebol local escancara a falta de coerência e prioridades. Rondônia, um estado com enorme potencial esportivo e social, sofre com desinteresse, má gestão e ausência de políticas públicas que incentivem o esporte de base e o turismo esportivo.

Sob a presidência de Heitor Costa, Rondônia não apresentou avanços concretos para transformar o futebol em uma potência competitiva.

O caso escancara uma estrutura inchada, politizada e distante da base do futebol brasileiro, onde dirigentes são premiados com salários milionários mesmo sem entregar resultados, enquanto atletas, técnicos, árbitros e torcedores lidam com abandono e desvalorização.

O futebol de Rondônia e do Brasil, ao que tudo indica, continua a ser refém de interesses pessoais e da concentração de poder, em um cenário onde o espetáculo é dos dirigentes — não do esporte.

Durante a Assembleia Geral Ordinária da CBF em abril de 2024, o presidente da Federação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues (ao centro, segurando a bola), posa ao lado do Presidente da Federação de Futebol de Rondônia, Heitor Costa (segundo da direita para a esquerda), e outros dirigentes do futebol brasileiro.

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