Briga pela privatização da saúde: Chefe da Casa Civil chama ex-secretário e presidente do Simero de incoerente e dispara — 'Legado? Esquecível. Contribuição? Nula'

A polêmica em torno da privatização da saúde em Rondônia ganhou mais um capítulo nesta semana. O atual secretário-chefe da Casa Civil, Elias Rezende, respondeu duramente às críticas feitas pelo médico Luis Eduardo Maiorquin, ex-secretário de Saúde e atual presidente do Simero (Sindicato Médico de Rondônia). A discussão se intensificou após manifestações contrárias à terceirização dos serviços públicos de saúde promovidas pelo sindicato.
Em comentário publicado no Instagram, Elias acusou Maiorquin de incoerência e omissão durante sua passagem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), no ano de 2018, sob a gestão de Daniel Pereira. “É no mínimo incoerente que um ex-secretário de Saúde, que teve a oportunidade de transformar a realidade da saúde pública em nosso estado e nada fez, venha agora posar de crítico da atual gestão”, escreveu Rezende.
A crítica foi ainda mais direta: “Seu legado? Esquecível. Sua contribuição? Praticamente nula.” Para Elias, os problemas enfrentados atualmente são frutos de gestões anteriores, incluindo a do próprio Maiorquin.
Antes de ser titular na Sesau/RO, Maiorquin foi adjunto da pasta na gestão de Confúcio Moura
Como resposta às acusações de precarização e perda de controle da saúde pública, o chefe da Casa Civil destacou uma série de ações do governo Marcos Rocha (União Brasil) na área. Entre elas, citou a valorização de servidores da saúde, a ampliação dos serviços prestados, a aquisição do Hospital Regina Pacis — que agregou 120 novos leitos ao sistema —, além da construção do novo hospital em Guajará-Mirim, a reconstrução da maternidade do Hospital de Base e a regionalização do hospital de Vilhena.
Maiorquin, que antes de comandar a Sesau foi secretário adjunto na gestão de Confúcio Moura, vem liderando uma ofensiva contra a terceirização dos serviços públicos de saúde, defendendo uma política baseada em gestão direta e valorização do funcionalismo. As críticas do Simero refletem o acirramento da disputa sobre o futuro modelo de saúde pública no estado.
Elias Rezende, por sua vez, encerrou sua manifestação com um recado: “Críticas são bem-vindas quando vêm de quem fez. No caso dele, só sobra discurso vazio — no passado e agora.”
A declaração gerou repercussão tanto no meio político quanto entre profissionais da saúde, acirrando os ânimos em um debate que promete se intensificar com a proximidade das eleições de 2026.
Fonte: Rondônia Dinâmica
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